Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao
comentário de Chiara Lubich - ilustrada.
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sábado, 2 de fevereiro de 2013
Palavra de Vida - fevereiro - com desenhos
Para as crianças aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao
comentário de Chiara Lubich - ilustrada com desenhos. Pode fazer-se o download para o computador, para imprimir e pintar ou clicar em cima para ver a imagem maior.
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Palavra de Vida
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Palavra de Vida - fevereiro
«Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os irmãos» (1 Jo 3, 14)
Num
momento de graves dificuldades, João escreve às comunidades que ele
tinha fundado. Na verdade, começavam a infiltrar-se heresias e falsas
doutrinas em matéria de fé e de moral. Notava-se também o ambiente
pagão, duro e hostil para com o espírito do Evangelho. E era neste
ambiente que os cristãos tinham que viver.
Para
os ajudar, o apóstolo indica-lhes o remédio radical: amar os irmãos,
viver o mandamento do amor que, desde o início, tinham recebido e no
qual ele vê resumidos todos os mandamentos.
Se
assim fizerem, saberão o que é “a vida”, isto é, serão cada vez mais
introduzidos na união com Deus, farão a experiência de Deus-Amor. E,
fazendo esta experiência, serão confirmados na fé e poderão fazer frente
a todos os ataques, principalmente em tempo de crise.
«Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os irmãos».
«Nós
sabemos…». O apóstolo faz referência a um conhecimento que vem da
experiência. É como se dissesse: nós experimentámo-lo, tocámos
diretamente. Era a experiência que os cristãos que ele evangelizou
tinham feito no início da sua conversão: quando se põem em prática os
mandamentos de Deus, e de modo especial o mandamento do amor para com os
irmãos, entra-se na própria vida de Deus.
Mas,
será que os cristãos de hoje conhecem esta experiência? Saberão, sem
dúvida, que os mandamentos do Senhor se destinam a ser postos em
prática. Jesus insiste continuamente que não basta escutar, é necessário
pôr em prática a Palavra de Deus (cf. Mt 5, 19; 7, 21; 7, 26).
O
que já não será tão evidente, para a maioria – ou porque o desconhece,
ou porque o conhecimento que dele tem é puramente teórico, pois não o
experimentou na prática –, é este maravilhoso aspeto da vida cristã que o
apóstolo põe em relevo, isto é, que, quando vivemos o mandamento do
amor, Deus toma posse de nós. E, um sinal inconfundível disto, é aquela
vida, aquela paz, aquela alegria que Ele nos faz saborear já nesta
Terra. Então tudo se ilumina, tudo se torna harmonioso. Deixa de existir
separação entre a fé e a vida. A fé torna-se aquela força que impregna e
une entre si todas as nossas ações.
«Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os irmãos».
Esta
Palavra de Vida diz-nos que o amor ao próximo é a via mestra que nos
leva a Deus. Dado que todos nós somos seus filhos, não há nada que Ele
deseje tanto como o amor aos irmãos. Não podemos dar-Lhe maior alegria
do que quando amamos os nossos irmãos. E,
porque nos traz a união com Deus, o amor fraterno é uma fonte
inesgotável de luz interior, é fonte de vida, de fecundidade espiritual,
de renovação contínua. Impede que no povo cristão se formem gangrenas,
escleroses e águas estagnadas. Numa palavra, “faz-nos passar da morte
para a vida”. Pelo contrário, quando falta a caridade, tudo murcha e
morre. E compreendem-se então certos sintomas tão difundidos no mundo em
que vivemos: a falta de entusiasmo, de ideais, a mediocridade, o tédio,
o desejo de evasão, a perda de valores, etc.
«Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os irmãos».
Os
irmãos de quem o apóstolo fala são, sobretudo, os membros das
comunidades de que fazemos parte. Se é verdade que devemos amar todas as
pessoas, é também verdade que este nosso amor deve começar por aqueles
que habitualmente vivem connosco, para depois se estender a toda a
humanidade. Devemos, pois, pensar antes de mais nos nossos familiares,
nos colegas de trabalho, nos membros da paróquia, da associação ou
comunidade religiosa a que pertencemos. O amor aos irmãos não seria
autêntico e bem ordenado se não partisse daqui. Onde quer que estejamos,
somos chamados a construir a família dos filhos de Deus.
«Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os irmãos».
Esta
Palavra de Vida abre-nos perspetivas imensas. Impele-nos para a divina
aventura do amor cristão, cujos horizontes são imprevisíveis. Antes de
mais, recorda-nos que a resposta a dar ao nosso mundo – um mundo onde se
elaboram teorias sobre a luta, a lei do mais forte, do mais astuto, de
quem não tem preconceitos; onde, por vezes, o materialismo e o egoísmo
parecem paralisar tudo – é o amor ao próximo. É este o remédio que o
pode curar. Na verdade, quando vivemos o mandamento do amor, não só se
tonifica a nossa vida, mas tudo à nossa volta sente os efeitos disso. É
como uma onda de calor divino que se irradia e propaga, penetrando nos
tecidos humanos, facilitando o relacionamento entre as pessoas e entre
os grupos e transformando pouco a pouco a sociedade inteira.
Decidamo-nos,
então. Não nos faltam irmãos para amar em nome de Jesus, temo-los
sempre. Sejamos fiéis a este amor. Ajudemos muitos outros a sê-lo.
Experimentaremos na nossa alma o que significa união com Deus. A fé
reavivar-se-á, as dúvidas desaparecerão. Deixaremos de saber o que é o
aborrecimento. A nossa vida ficará cheia, totalmente preenchida.
Chiara Lubich
Este comentário à Palavra de Vida foi publicado em maio de 1985.
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