sábado, 1 de maio de 2010

Palavra de Vida - Maio - com fotografias


Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com fotografias. Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.

Palavra de Vida - Maio - com desenhos

Para as crianças aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com desenhos. Pode fazer-se o download para o computador, para imprimir e pintar ou clicar em cima para ver a imagem maior.

Palavra de Vida - Maio

«Aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele» [Jo 14, 21]. (1)

O ponto central do último discurso de Jesus é o amor: o amor do Pai pelo Filho e o nosso amor por Jesus, que significa cumprir os Seus mandamentos.
Para as pessoas que escutavam Jesus, não era difícil reconhecer nas Suas palavras um eco do Livro da Sabedoria: «Amar (a Sabedoria) é obedecer às suas leis» (2) e «os que amam a Sabedoria, descobrem-na facilmente» (3). Sobretudo, aquele "manifestar-Se a quem O ama", encontra um paralelismo no Antigo Testamento em Sab 1, 2, onde se diz que o Senhor Se revela «aos que não perdem a fé n'Ele».
Ora o sentido da Palavra, que propomos para este mês, é: quem ama o Filho é amado pelo Pai e é amado também pelo Filho, que se manifesta a ele.

«Aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».

Mas, para que Jesus se manifeste, é preciso amar.

Não se pode imaginar um cristão que não tenha esse dinamismo, essa força de amor no coração. Um relógio não funciona, não mostra as horas – e pode dizer-se até que nem é um relógio –, se não tiver corda ou pilhas. Assim um cristão, se não estiver sempre pronto a amar, não merece o nome de cristão.

Isto porque todos os mandamentos de Jesus se resumem num único: no preceito de amar a Deus e amar o próximo. E, em cada próximo, vê-se e ama-se Jesus.
O amor não é um mero sentimentalismo. Traduz-se numa vida concreta, no serviço aos irmãos – sobretudo àqueles que estão ao nosso lado –, começando pelas coisas pequenas, pelos serviços mais humildes.

Charles de Foucauld diz: «Quando amamos alguém, identificamo-nos plenamente com ele, identificamo-nos com o amor, vivemos nesse alguém com o amor; já não vivemos em nós, estamos "desprendidos" de nós, "fora" de nós» (4).

E é com este amor que a Sua luz, a luz de Jesus pode penetrar em nós, segundo a Sua promessa: «Àquele que Me ama... manifestar­-Me-ei a ele» (5). O amor é fonte de luz: quando amamos, compreendemos melhor Deus, que é Amor.

E isso faz com que amemos ainda mais e aprofundemos o relacionamento com aqueles com quem contactamos.

Essa luz, esse conhecimento amoroso de Deus é, portanto, o sinal, a prova do verdadeiro amor. E podemos experimentá-la de várias maneiras. Porque, em cada um de nós, a luz assume uma cor, uma tonalidade diferente. Mas tem características comuns: ilumina­-nos acerca da vontade de Deus, dá-nos paz, serenidade e uma compreensão nova da Palavra de Deus. É uma luz quente, que nos estimula a avançar pelo caminho da vida de um modo cada vez mais firme e rápido. Quando as sombras da existência tornarem incerto o nosso caminho, quando nos sentirmos até bloqueados pela escuridão, esta Palavra do Evangelho recordar-nos-á que a luz acende-se com o amor e que será suficiente um gesto concreto de amor, até pequeno (uma oração, um sorriso, uma palavra), para nos dar aquele fio de esperança que nos permite ir em frente.

Quando nós andamos de bicicleta, à noite, se pararmos, ficamos na escuridão. Mas, se voltarmos a pedalar, o dínamo fornecerá a corrente necessária para iluminar o caminho.

Assim acontece na vida: basta voltar a pôr em acção o verdadeiro amor – o amor que dá, sem esperar nada em troca – para reacendermos em nós a fé e a esperança.


Chiara Lubich

1) Palavra de Vida, Maio de 1999, publicada em Città Nuova, n.º 8/1999, p. 49; 2) Sab 6, 18; 3) cf. Sab 6, 12; 4) Charles de Foucauld, Scritti Spirituali, VII, Ed. Città Nuova, Roma 1975, p. 110; 5) cf. Jo 14, 21.