quinta-feira, 30 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Palavra de Vida - outubro - adolescentes
Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês, uma síntese ilustrada do
comentário de Chiara Lubich.
Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.
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Palavra de Vida - outubro - com desenhos
Para as crianças aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com desenhos.
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Palavra de Vida - outubro
«Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede» (Jo 6, 35).
Neste
trecho do Evangelho, São João conta que Jesus, depois de ter
multiplicado os pães – durante o grande discurso feito em Cafarnaum –,
diz: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que
perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará» (Jo 6, 27).
Para
os seus ouvintes, é uma referência muito evidente ao maná do deserto,
assim como à expectativa do “segundo” maná que irá descer do céu no
tempo messiânico.
Como
a multidão não compreende bem, pouco depois, no mesmo discurso, Jesus
apresenta-se como sendo Ele mesmo o verdadeiro pão descido do céu, que
deve ser aceite mediante a fé:
«Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede».
Jesus
vê-se já como pão. É exatamente esse o motivo último da sua vida aqui
na Terra. Ser pão para ser comido. E ser pão para nos comunicar a sua
vida, para nos transformar n’Ele. Até aqui o significado espiritual
desta palavra, com as suas referências ao Antigo Testamento, é claro.
Mas o discurso torna-se misterioso e difícil quando, mais adiante, Jesus
diz de si mesmo: «O pão que Eu hei de dar é a minha carne, pela vida do
mundo» (Jo 6, 51b) e «se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós» (Jo 6, 53).
É
o anúncio da Eucaristia, que escandaliza e afasta muitos discípulos.
Mas é a maior dádiva que Jesus quer oferecer à humanidade: a sua
presença no sacramento da Eucaristia, que sacia a alma e o corpo, que dá
a plenitude da alegria, pela íntima união com Jesus.
Uma
vez nutridos com este pão, já não há razão para existir qualquer outra
fome. Todo o nosso desejo de amor e de verdade é saciado por Aquele que é
o próprio Amor, a própria Verdade.
«Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede».
Portanto,
este pão nutre-nos de Jesus já nesta Terra. Mas é-nos dado para que,
cada um de nós possa, por sua vez, saciar a fome espiritual e material
da humanidade que nos circunda.
O
mundo recebe o anúncio de Cristo não tanto através da Eucaristia,
quanto através da vida dos cristãos nutridos por ela e pela Palavra.
Eles, pregando o Evangelho com a vida e com a voz, tornam presente
Cristo no meio das pessoas.
A
vida da comunidade cristã, graças à Eucaristia, torna-se a vida de
Jesus. Uma vida, portanto, capaz de dar o amor e a vida de Deus aos
outros.
«Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede».
Com a metáfora do pão, Jesus ensina-nos também a forma mais autêntica, mais “cristã” de amar o nosso próximo.
De facto, o que significa amar?
Amar
significa “fazer-se um” com todos, fazer-se um em tudo aquilo que os
outros desejam: nas coisas mais pequenas e insignificantes e naquelas a
que talvez nós não dêmos importância, mas que interessam aos outros.
E
Jesus exemplificou de forma estupenda este modo de amar tornando-se pão
para nós. Ele faz-se pão para entrar em todos, para se tornar
comestível, para se fazer um com todos, para servir, para amar todos.
Então, façamo-nos um também nós até ao ponto de sermos alimento para os outros.
O amor é isto: fazer-se um de modo que os outros se sintam nutridos com o nosso amor, confortados, aliviados, compreendidos.
Chiara Lubich
1) Publicada em Città Nuova 2000/14, p. 7.
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