segunda-feira, 3 de junho de 2013

Palavra de Vida - junho - adolescentes






Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês, uma síntese ilustrada do comentário de Chiara Lubich. Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.



Palavra de Vida - junho - com desenhos


Para as crianças aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com desenhos. Pode fazer-se o download para o computador, para imprimir e pintar ou clicar em cima para ver a imagem maior.

sábado, 1 de junho de 2013

Palavra de Vida - junho

«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus» (1 Pe 2, 20).
 
O apóstolo Pedro está a explicar às suas comunidades o espírito genuíno do Evangelho nas suas aplicações concretas, referindo-se de modo particular à condição e ao estado de vida em que cada pessoa se encontra.
Neste trecho dirige-se aos escravos que se converteram à fé, os quais, como todos os escravos na sociedade de então, sofriam incompreensões e maus-tratos, totalmente injustos. Generalizando, estas palavras são dirigidas a todas as pessoas que, em qualquer tempo e lugar, sofrem incompreensões e injustiças por parte dos seus próximos, quer eles sejam seus superiores ou iguais. 

«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus».
 
A essas pessoas o apóstolo recomenda que não cedam à reação instintiva que poderia surgir nestas circunstâncias, mas que imitem o comportamento assumido por Jesus. Exorta-as, aliás, a responder com o amor, vendo também nestas dificuldades e incompreensões uma graça, ou seja, uma ocasião permitida por Deus para dar provas do verdadeiro espírito cristão. Além disso, deste modo poderão conduzir para Cristo, com o amor, também aqueles que lhes fazem mal. 

«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus».
 
Baseando-se nestas palavras ou noutras semelhantes, há quem acuse o cristianismo de favorecer um excessivo conformismo, que faz adormecer as consciências, tornando-as menos ativas na luta contra as injustiças.
Mas não é assim. Se Jesus nos pede para amarmos até aqueles que não nos compreendem e nos maltratam, não é porque queira que nos tornemos insensíveis às injustiças. Muito pelo contrário! É porque nos quer ensinar como construir uma sociedade realmente justa. Podemos fazê-lo difundindo o espírito do verdadeiro amor, sendo nós os primeiros a amar, a ter a iniciativa.
 
«Se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus».
 
Como viver, então, a Palavra de Vida deste mês?
As formas, através das quais também nós hoje podemos ser incompreendidos e maltratados, são muitas. Vão das indelicadezas e descortesias, aos juízos negativos, às ingratidões, às ofensas, às verdadeiras injustiças.
Pois bem: também em todas estas ocasiões nós devemos dar testemunho do amor, daquele amor para com todos que Jesus trouxe à Terra. Portanto, do amor até para com aqueles que nos tratam mal.
A Palavra deste mês pede que, embora defendamos legitimamente a justiça e a verdade, jamais nos esqueçamos de que o nosso primeiro dever como cristãos é amar os outros, ou seja, ter para com eles aquela disposição nova, feita de compreensão, de acolhimento e de misericórdia, que Jesus teve para conosco. Desta maneira, mesmo que defendamos as nossas ideias, nunca podemos quebrar o bom relacionamento, nunca podemos ceder à tentação do ressentimento ou da vingança.
E, fazendo assim, seremos instrumentos do amor de Jesus, e seremos capazes de conduzir o nosso próximo para Deus.
Chiara Lubich

1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1990/8, p. 9.