sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desafio de novembro



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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Palavra de Vida - novembro - com fotografias


Para os mais jovens aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com fotografias. Pode fazer-se o download para o computador ou clicar em cima para ver a imagem maior.

Palavra de Vida - novembro - com desenhos

Para as crianças aqui fica a Palavra de Vida deste mês - adaptação ao comentário de Chiara Lubich - ilustrada com desenhos. Pode fazer-se o download para o computador, para imprimir e pintar ou clicar em cima para ver a imagem maior.


Palavra de Vida - novembro


«Se alguém Me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada» (Jo 14, 23).

 Escrita em 2001 (1)
Esta frase faz parte de um dos grandes e intensos discursos de despedida que Jesus faz aos apóstolos. Jesus promete-lhes, aliás, que o voltariam a ver, porque Ele se haveria de manifestar àqueles que o amam.
Judas (não o Iscariotes) pergunta-Lhe então porque é que se iria manifestar só a eles e não em público. O discípulo gostava de uma grande manifestação externa de Jesus, que poderia mudar a História e seria mais útil – na sua opinião – para a salvação do mundo. De facto, os apóstolos pensavam que Jesus era o tão esperado profeta dos últimos tempos, que haveria de aparecer, revelando-se diante de todos como o Rei de Israel e, colocando-se à frente do povo de Deus, instauraria definitivamente o Reino do Senhor.
Mas Jesus responde que a sua manifestação não iria dar-se de modo espetacular e externo. Seria uma simples, extraordinária “vinda” da Trindade ao coração dos fiéis, que se realiza onde existir fé e amor.
Com esta resposta, Jesus esclarece de que modo ficará presente no meio dos seus, depois da Sua morte, e explica como será possível estar em contacto com Ele. 

«Se alguém Me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada».
 
Portanto, Jesus pode estar presente, desde já, nos cristãos e no meio da comunidade. Não é preciso esperar pelo futuro. O templo que contém esta Sua presença não é tanto aquele feito de paredes, mas o próprio coração do cristão, que se torna, deste modo, o novo tabernáculo, a morada viva da Santíssima Trindade.

«Se alguém Me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada».
 
Mas como pode o cristão chegar a tanto? Como pode trazer em si o próprio Deus? Qual o caminho para entrar nesta profunda comunhão com Ele?
É o amor por Jesus.
Um amor que não é mero sentimentalismo, mas que se traduz em vida concreta e, mais precisamente, em seguir a Sua Palavra.
É a este amor do cristão, verificado pelos factos, que Deus responde com o Seu amor: a Trindade vem habitar nele.

«Se alguém Me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada».

«… há de guardar a minha palavra».
E quais são as palavras que o cristão é chamado a guardar?
No Evangelho de João “as minhas palavras” são muitas vezes sinónimo de “os meus mandamentos”. Portanto, o cristão é chamado a guardar os mandamentos de Jesus. Mas estes não devem ser entendidos apenas como um catálogo de leis. É preciso, sobretudo, vê-los todos sintetizados no mandamento que Jesus ilustrou com o lava-pés: o mandamento do amor recíproco. Deus manda a cada cristão amar o outro até à oferta total de si mesmo, como Jesus ensinou e fez.

«Se alguém Me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada».

E, então, como viver bem esta Palavra? Como chegar ao ponto que o próprio Pai nos vai amar e a Trindade fará morada em nós?
Pondo em prática, com todo o nosso coração, com radicalidade e perseverança, precisamente, o amor recíproco entre nós.
É nisto, principalmente, que o cristão encontra também o caminho daquela profunda ascética cristã que o Crucificado exige dele. De facto, é com o amor recíproco que florescem no seu coração as várias virtudes e é com este amor que ele pode corresponder ao chamamento da sua santificação pessoal.

Chiara Lubich

1) Publicada em Città Nuova, 2001/8, p. 7.